segunda-feira, abril 30

# sopa meu cu?

Não tenho mais razão para viver pelo seguinte motivo: não encontro a quarta temporada de House pra baixar. Tô assim, paralisada, olhos fixos na parede enquanto tento achar uma solução, um algo a mais que me faça querer levantar da cama todos os dias, sabendo que não poderei ter meu Housinho em minha vida. Não tá nada fácil.

QUE FASSER?

domingo, abril 29

# kkk pra vida


Sabe aquele tipo de programa que as amigas te chamam pra ir junto (e aqui leia-se: te forçam porque SE VC NÃO FOR VC É UMA VACA, GURIA) e que têm de tudo pra dar errado? Então, estava eu em casa BABANDO num sábado a tarde, e uma amiga me chama pra ir na despedida de um amigo do amigo do vizinho da cunhada da tia dela. HMM CHEIRINHO DE ROUBADA. E ela ainda vem com o argumento “ele é um designer foda na cidade, bla bla bla, vem conhecer” como se isso fosse me convencer mais do que eu já - não - estava convencida em ir. BLZZZZZZZZZZ. Tava à toa na vida, pra um fim de semana que não prometia nada, podia até ser lucro, né? Daí que eu fui.

(Não vou nem contar a parte em que começou a chover MUITO quando botei os pés pra fora de casa, que me molhei inteira, que o ônibus ficou parado DO OUTRO LADO DA RUA meia hora antes de parar no meu ponto, com o motorista me vendo morrer de frio esperando, que CHAPINHA PRA QUÊ NESSA CIDADE NÉ? etc)

A despedida foi sei lá. A única parte que vale mesmo a pena contar é que comi uma delícia de um sanduíche de PTS, tava show, recomendo. Aí  lá por meia noite, o pessoal decidiu estender  pra uma balada. Fomos, e aqui começa a parte interessante-bizarra-chocante da noite. E antes de começar a contar a história, preciso citar que terminei um namoro de dois anos há aproximadamente dois meses. Só pra vocês se situarem HAHA. Ok, vamos lá:

Eu vi um mininu. Se destacava do resto do povo na pixxxxxxta por ser mais alto que todo mundo (<3). Mas  se destacava mais ainda porque o cabelitcho lindo dele era INGUAL do Morrisey, gente. 
Morrisey e seu topete te encarando



Morrisey te seduzindo



Old Morrisey (??)

Na verdade, ele inteiro era o Morrisey. Mas numa versão asiática (bizarro?). E eu ficava olhando pra ele, ele olhando pra mim, rolou um affair, um love, até que DE REPENTE........................ nada. De repente já tinha passado duas horas que a gente tava na enrolação e não acontecia nada. E nos encontramos no fumódromo, na fila do banheiro, no bar, na caralha a quatro, e o menino só olhava. 

Primeira semelhança com meu ex: falta de iniciativa na vida.

Minha amiga e eu até já tínhamos feito uma aposta: ela jurava que ele era gay, eu defendia o menino (um olhar daquele pra cima de moá? Num era gay não hein!), e apostamos uma carteira de cigarro de que eu provaria que ele era hetero. HEHE

Segunda semelhança com meu ex: todo mundo que não o conhecia, achava que ele era gay.

Até que finalmente, uma hora na pista, um amigo dele veio falar comigo (ALÔOO QUINTA-SÉRIE). “Ow, cê quer chegar no meu amigo? Porque ele é meio lerdo”. AH, CÊ JURA? Mas isso não é problema pra mim não, fui lá, puxei o menino pra perto da gente, e o amigo dele nos apresentou.
“Esse é o Will”
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK PRA SEMPRE. E rir foi a única reação que eu e minha amiga tivemos pelos 8 minutos seguintes. PORQUE O NOME DO MEU EX É WILL, CARA. Terceira PUTA semelhança. Chocante, no mínimo. Desesperador, na verdade.

Depois de pararmos de rir e de termos deixado o menino mais que encabulado, conversei com ele e tals. Ele estava com um blazer e uma camiseta gola v (<3), que dava pra ver uma tattoo saindo do peito. Puxei a blusa pra ver, era uma tattoo oriental que ele disse ter feito dois dias antes. Eu perguntei “Onde você fez?”; “Na Tattoo Classic”
KKKKKKKKKKK DE NOVO. Todas as tatuagens do meu ex foram feitas lá. BELEZA, TANTOS ESTUDIOS NESSA CIDADE E TEMOS AQUI UMA QUARTA SEMELHANÇA. Talvez não pareça tão importante esse fator, mas é, porque todas as vezes que ele fez tattoo, eu estava junto, no bendito estúdio. Sabe... fortes memórias.

Fomos pro fumódromo conversar mais e sei lá porque quis saber onde o amigo dele morava. Descobri então que ele mora NO MESMO CONDOMÍNIO QUE EU. E olha... MEU EX TBM TINHA UM AMIGO QUE MORAVA NO MEU CONDOMÍNIO. 
Perguntei o que o Morrisey fazia da vida. “Ah, agora eu estou estudando fotografia, e só faço isso da vida praticamente hahaha”
MEU EX. ESTUDA. FOTOGRAFIA. E SÓ. FAZ. ISSO. DA VIDA. SOCORRO. JESUS.

Eu não sei qual foi a zoada que deus quis fazer comigo nessa noite. Mas não parou por aí não, porque se é pra avacalhar, vamo avacalhá de verdade. De modo que o menino também anda de bike todos os dias, e mais n outras semelhanças de personalidade. Eu acho que foi uma energia que o ex conseguiu mandar pra mim de lá da pqp do Xaxim que ele mora, e foi tipo isso:

“Ah, você acha que vai sair e aproveitar a vida? Ficar com outros meninos? NÃÃÃÃO, VC VAI LEMBRAR DE MIM A CADA VEZ QUE OLHAR PRA ESSE PIÁ. E PRA QUALQUER OUTRO NO MUNDO. VOCÊ VAI ME ENXERGAR NOS OUTROS, SEMPRE, SEMPRE MUAAAAAAAAAAAHAHA. SER FELIZ, JAMAIXXXXXXXXXX”

Blz. Mas eu ganhei a aposta.

quinta-feira, abril 26

# curitiba é um ovo ou não é?

Eu bem linda, resolvo procurar um ex no facebook e qual não é a surpresa ao descobrir que temos uma amigona em comum. Esquecer, ignorar, abstrair? É claro. Que não. Fui averiguar a história, assim, bem calma, tranqüila.

eu: MEU-DEUS GURIA. DAONDE VC CONHECE ESSE PIÁ?
ela: nussss nem lembro onde conheci ele, mas é dazantiga. era amiga dele mas não falo mais faz bastante tempo. uhauha pq?
eu: meu deus. MEU DEUS. eu namorei esse menino por 6 meses. ele é LOUCO. L.O.U.C.O.
ela: HUAUHAUHAUHAUHAUHAUHA NAMOROUUUUUUUUUUUU???????????????????? ele era meio chato, rs

Sentiu o eufemismo na zoada? Não sei porque eu conto essas coisas né, termina de acabar com a minha reputação. Daí pra cagalhar tudo mesmo eu contei todas as histórias de porque ele era louco-de-pedra, cheirado das ideias mesmo. E o que ela me diz?

ela: pohãn mas vc só arranja louco andressa pelamordideus! hahaha

Conclusão: minha sina, minha vida, minha razão de viver nesse mundinho goshhhtouso: atrair (namorar) pessoas mentalmente confusas. Se até os outros já perceberam isso, por que continuar na negação, né?

quarta-feira, abril 25

# o dia em que me estupraram pelo ouvido


Não estou falando que alguém veio me dizer coisas idiotas e daí usei como metáfora “fui estuprada pelo ouvido”.  Não faço trocadilhos desse tipo, ok? (mentira). Mas não, eu realmente fui estuprada. Pelo ouvido. Mais comumente chamado de “lavagem”. E fico aqui imaginando o que leva uma pessoa a ter uma profissão com nome estranho (“otorrinolaringólogo”? SÉRIO?) e ainda curtir limpar narizes e ouvidos e gargantas alheias. Mas de boa, cada um cada um né.

Cheguei na clínica.

- Mzmfmbmzmz mmcmvmd mzmfuj?

- Quê?

- Mzmdriz mmcmanta mzmfvido?

- Desculpa, não entendi.

- SEU PROBLEMA É NARIZ, GARGANTA OU OUVIDO?

 - Ouvido.

Pra começar a sessão horror, a moça da recepção não tirava o caralho da boca pra falar não articulava muito bem as palavras. Masqueisso, eu quase não tava surda há uma semana já né, escutar pra quê. Depois a moça linda falou mais algumas coisas que, sinceramente, eu não entendi. Mas sempre me viro muito bem com a filosofia “sorria e acene” dos pinguins de madagascar (taí um filme que ajudou a formar meu caráter <3)

Mas preciso confessar que, apesar da recepcionista do mal, a clínica era bacana. Chique, na maneira mais vulgar e brega de definir. (tô enfatizando isso porque com o meu plano de saúde é difícil conseguir uma clínica chique). Chiqueza tanta que deu direito ao médico de “ter um imprevisto” e “não vir hoje, não”. Porque rico pode né. AH TÁ. Aí me passaram pra outro médico e foi nessa hora que começou a tensão: o dotô com quem eu tinha marcado a consulta estava cheio de pacientes; o dotô pra quem me passaram na sequência, não tinha paciente nenhum. Por que será MEU BRAZEEO? Mas aí como sempre faço - talvez por já ter acostumado com minha má sorte, talvez pelo prazer do exercício de meu pessimismo - segurei na mão de deus e fui. O hómi me chamou.

Pelo menos o médico falava alto. E era alto. E era tchuco, mas essa parte a gente ignora, porque… tem que ter ética, né minha gente? Conversa vai, conversa vem, expliquei a problemática. Ele me mandou sentar na cadeira e começou a avaliar a situation.

- É cera.

Assim, na maior calma. Como se fosse a coisa mais normal do mundo ficar SURDA por causa de CERA. (bom, pra ele deve ser normal já que né)

- Mas vamos limpar isso aí já já.

E a pessoa abriu a torneira, começou a encher uma vasilha e me deu outra pra segurar embaixo do ouvido

-Segura firme senão você vai tomar um banho - de água e de cera.

Adoro essa sinceridade emanando das pessoas. Valeu.
 
Então ele encheu uma seringa e…

 “O especialista usa uma seringa com água morna e faz a lavagem do ouvido. Pelo ângulo do jato d’água e a pressão resultante, a cera sai…”

Preciso explicar mais? Que eu me lembre, levei o jato no mínimo 3 vezes, depois da terceira, meu cérebro amorteceu. Mas é legal. A sensação é de que ele está condicionando seu ouvido a ser surdo pra sempre. E naquele calor que tava, parece que deu uma lavada por dentro da cabeça, gelou até meus olhos por dentro (sem brinks). Acho que até minha alma saiu limpa.

E quando eu olhei pra vasilha… gente, um alien vivia dentro de mim. E o dotô ainda fez questão de esfregar na minha cara aquelas coisas e falar “OLHA!” como se fosse a coisa mais legal do sul do mundo. Raça estranha essa dos otorrinos.

E pra terminar o momento “esse meu jeitinho lady de ser”, preciso contar que descobri de onde vem a cera usada na depilação. É igualzinho. FIM.




(para os stalkers de plantão: isso foi publicado anteriormente no tumblr, sim. é que eu tava com uma pregui de escrever o primeiro texto, que só peguei o que tava lá. muaaah =*)

terça-feira, abril 24

# baby, i'm back!


2012, fim do mundo e etecétera, e você aí, criando blog. Olha, até houve uma época em que era tendemssia ser blogueiro, ter twitter e o escambau. Pois eu tinha lá o meu wordpress bonitinho, e escrevia bastante até. Daí deu crise, deletei, fui viver, sabe? Toooodos choraram (só que não), mas fiquei (resisti!) 4 anos sem escrever pra esse mundão internetiano. Vez em quando tinha lá alguma coisa no twitter  e tumblr, e OLHE LÁ. Mas sabe que se limitar a 140 caracteres não é com moá. Muito menos escrever para hipster reblogar. RISOS. Ficar caladinha no meu canto então, vish, tenho sérios problemas com isso.

Me desculpa aí minha gente, mas meu negócio é falar (de preferência, sem pudores). Não necessariamente ser escutada, porque não dá pra obrigar o cerumano a me agüentar, fazeroque. Mas é, vim falar. Pois bem, venho por meio deste encher seus corações de inutilidades, ou simplesmente falar coas paredes.

E mais: Velha porque sim (21 aninhos, ô meu deus); Disléxica porque, afinal, quem né ão?